Alguns médicos dizem que nos momentos mais tristes de nossas vidas nosso potencial criativo aumenta consideravelmente. Grandes gênios como Mozart e Beethoven compuseram suas obras mais famosas em momentos de extrema depressão.
O caso de Nadja Goulart não é diferente. 59 anos, casada, mãe de duas filhas, formada em geografia há 33 anos, Nadja sempre gostou de sair para passear, bater papo e dar aulas. Tinha problemas sim, como todo mundo, mas nada tão grave a ponto de desmotivá-la. Até que de repente, ela se viu em um estado de extrema tristeza, sem vontade de fazer absolutamente nada: “Tinha dias que não queria nem levantar da cama”, afirma. Não conseguia nem fazer uma das atividades que mais gostava “Lecionar tinha ser tornado um peso muito grande para mim. Era uma tarefa estressante”, confessa. Chegou a tal ponto que sacudiu um aluno pelos ombros só porque ele estava rindo no meio da aula.
Nadja percebeu que não tinha mais condições de dar aulas. No entanto, seria preciso que uma junta médica também verificasse isso e assinasse um comprovante autorizando a sua transferência para outra função dentro da escola: “Falei para o psicólogo que se ele não assinasse, eu ia jogar um aluno pela janela.”, revela. Seu estado emocional era grave. Suava frio, tremia, só de se imaginar entrando numa sala de aula.
Nadja procurou um tratamento. O diagnóstico não podia ser diferente: depressão. Para implementar o tratamento, a psicóloga sugeriu que fizesse alguma atividade que lhe fosse prazerosa: “Você não gosta de teatro, pintura ou artesanato?” Foi aí que Nadja conheceu o curso de reciclagem, no Parque das Águas, em Niterói (RJ). “Gostei logo de cara. Fiz novas amizades, conversava, me distraía... voltava para casa bem melhor.”
O curso durou só um mês, mas ela procurou outros para fazer em seguida. E, hoje, faz um curso de artesanato no Centro de Convivência da Prefeitura de Niterói, em Santa Rosa. Ela garante que melhorou muito fazendo estes artesanatos: “Faço para me distrair. Me sinto mais leve, tranquila, calma, esqueço de todos os meus problemas.” E, de quebra, aprende a fazer artesanatos belíssimos! Sandálias, carteiras, bolsinhas, caixas de presentes, enfeites... tudo com material reciclável. “Me sinto a Nadja de antes, sem nenhuma depressão.” Um exemplo de como a arte também pode ser um remédio infalível.
achei muito lindo a maneira como vc babordou a entrevista, vc colocou extamente o que eu queria dizer. PARABÉNS bjs nadja
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